Muitos cientistas têm se preocupado em estudar porque a mudança alimentar atrasa as doenças relativas à idade e prolonga a vida útil de animais de laboratório, bem como, estão associadas a melhora em transtornos de humor. O que se sabe é que a alimentação afeta muitos processos que têm a ver com a inflamação, o metabolismo do açúcar, manutenção de estruturas de proteínas, estresse oxidativo, capacidade de fornecer energia para processos celulares e modificações no DNA, com a regulação da taxa de envelhecimento, etc. Ou seja, aquela frase de “nós somos aquilo que comemos” parece ter bastante fundamento cientifico.


BDNF Ser e Comer

Estudos demonstram que a ingestão de alimentos doces, bebidas e açúcares adicionados têm sido associada a transtornos mentais, inclusive sintomas depressivos em várias populações. Além disso, o consumo de açúcar é cada vez mais discutido como uma meta de intervenção para reduzir a prevalência de obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis. Ou seja, aquele refrigerante, doces, bebida alcoólica, etc. do final de semana podem estar associados a vários problemas tanto a nível fisiológico quanto a nível mental.


MAS, QUAL EXPLICAÇÃO PARA ISSO?


Existem várias explicações biológicas plausíveis para uma associação entre a ingestão habitual de açúcar e o risco de desenvolver transtornos mentais. Em primeiro lugar, os baixos níveis do fator de crescimento fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) têm sido discutidos como facilitadores da neurogênese e atrofia hipocampal na depressão. Roedores alimentados com dietas com alto teor de gordura e açúcar, mas não apenas com dietas com alto teor de gordura, mostram uma diminuição no nível de BDNF.

Em segundo lugar, o consumo de carboidratos têm sido associado ao aumento dos marcadores inflamatórios circulantes, que podem deprimir o humor. Em terceiro lugar, as dietas ricas em açúcar podem induzir hipoglicemia por meio de uma resposta exagerada à insulina e, assim, influenciar os níveis hormonais e, potencialmente, estados de humor. Além disso, os efeitos do açúcar semelhantes aos da dependência sugerem que os mecanismos de neurotransmissão dopaminérgicos podem conectar a ingestão frequente de açúcar à depressão. Por fim, a obesidade pode ser um fator mediador entre uma dieta rica em açúcar e depressão não apenas por meio de fatores inflamatórios, mas também psicossociais, como discriminação de peso.


Sendo assim, evidências já demonstraram de que a ingestão de açúcar de alimentos / bebidas doces aumenta a chance de transtornos de humor.  Sendo assim, políticas que promovem a redução da ingestão de açúcar podem apoiar adicionalmente a prevenção primária e secundária de transtornos de humor. 

 


 

Referências

KNÜPPEL, A. et al. Sugar intake from sweet food and beverages, common mental disorder and depression: prospective findings from the Whitehall II study. Scientific reports, v. 7, n. 1, p. 1-10, 2017.

 

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Autor: Livia Nascimento Rabelo
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