Resiliência vai além de apenas se recuperar de dificuldades. As pessoas resilientes permanecem buscando suas metas em meio aos desafios. Dessa forma, compreender como realizar a regulagem da maquinaria MOTIVACIONAL do cérebro é de fundamental importância.
 
 
Ser resiliente transcende apenas administrar estresse e dor e se recuperar de perdas e traumas. Tem a ver com a capacidade de alcançar oportunidades diante dos desafios, realizando coisas benéficas, cessando a realização de situações prejudiciais e seguindo em frente com o mínimo de estresse.
 
Contudo, é primordial saber que NÃO PODEMOS ELIMINAR NOSSOS DESEJOS. Gostar e querer são coisas distintas, principalmente em termos neurológicos. Uma região chamada núcleo accubens, no fundo dos gânglios da base do subcórtex, possui um pequeno nó que auxilia na regulação da sensação de gostar de algo e outra regula a sensação de querer esse algo.
 
Quando gostamos de algo mas não queremos, é possível apreciá-lo plenamente, pois não existe tensão em torno da experiência e não existe apego nem medo de que acabe, dessa forma, as experiências positivas tendem a durar mais e serem significativamente mais gratificantes. Como fazer para lidar com a vida a partir de uma sensação de gostar sem querer? Siga os métodos a seguir.
 
Esteja consciente do tom hedonista: perceba se as experiências são agradáveis, desagradáveis ou neutras, porque geralmente gostamos e mantemos próximas as situações que possuem um tom hedonista agradável, desgostamos e mantemos afastadas as que nos desagradam e ignoramos as neutras.
 
Explore o simples gostar: note a diferença entre as sensações de gostar de algo e querer.
 
Explore a experiência do querer: tenha atenção plena da existência do autodesejo, que procura querer algo novo mesmo quando você já se sente bem.
 
Volte ao gostar: tenha consciência que é natural querer, contudo não podemos privilegiar as experiências de querer e deixá-las tomar o controle. Ou seja, não temos que atender o QUERER só porque ele existe. Utilize o processo SARE para amplificar e receber a experiência dessa escolha, tornando-a mais estável dentro de você.
 
Senta-se satisfeito: foque e perceba a sensação de já estar saciado, de que este momento é o bastante.
 
PAIXÃO SAUDÁVEL

A ativação do sistema nervoso simpático (SNS) é como sair fugaz pela estrada. Com a velocidade, conseguimos avançar mais, porém o menor obstáculo pode provocar um acidente. As presença de emoções (positivas e negativas) durante a experiência é primordial. De maneira simples:
 
SNS + emoção positiva = paixão saudável
SNS + emoção negativa = estresse nocivo
 
ENCONTRE O  SEU PONTO DE EQUILÍBRIO

Fique confortável com a aceleração do corpo. Traga à memória os desafios semelhantes que já enfrentou e pondere o que você pode aproveitar dessas experiências e como lidou com elas no passo. Isso possibilitará você a estar mais confiante e menos estressado. Crie uma base de emoções positivas e vista-se com elas.
 
Quando acelerar, tenha cautela com as emoções negativas. Caso apareçam sentimentos, classifique-os, nominando-os, como: irritação, preocupação, ressentimento. Isso possibilitará o aumento da regulação do córtex pré-frontal e acalmará a amígdala. Note as pequenas vitórias e observe pequenas realizações.
 
Quando fortalecer a associação entre certos comportamentos e suas recompensas, leve em consideração seu temperamento. Neurologicamente, as pessoas possuem diferentes quantidades de receptores de dopamina no circuito motivacional. Quanto menor a quantidade de receptores de dopamina que temos, mais recompensas precisamos para continuar motivados. Como aumentar a quantidade de recompensas?
 
Escolha atividades que sejam estimulantes e prazerosas.
Acrescente novas recompensas.
Varie os detalhes do que está fazendo.
Faça pausas curtas e frequentes, depois volte à tarefa.
Peça feedback frequente, especialmente se for positivo.
 
Não cesse a procura por novidades ou coisas surpreendente. O nível de dopamina se eleva quando o cérebro encontra novidades. Ao buscar atingir suas metas, note a sensação de orientação e crítica. O estresse da autocrítica ocasiona liberação de cortisol, que aos gradativamente enfraquece o hipocampo e minimiza a capacidade do cérebro de aprender com o que você fez corretamente.
 
Muita gente acredita na necessidade de ser dura consigo mesma para continuar motivada, porém, geralmente é o contrário. Utilize a orientação em vez da crítica para se manter no caminho certo. Lembre da essência da motivação: TER A CAPACIDADE DE SEGUIR REALIZANDO UMA AÇÃO POR SABER QUE AQUILO DEVE SER FEITO. 


 
Referências
HANSON, Rick; HANSON, Forrest. O poder da resiliência. Rio de Janeiro: Sextante, 2019. 256 p.
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Autor:

Eric Rodrigues

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