Existem diversas metodologias que tentam otimizar ao máximo a relação ensino e aprendizado, porém será que essas metodologias possuem real respaldo do ponto de vista de mecanismos cerebrais?


 
         As nações que mais investem em educação são as que possuem melhores retornos do ponto de vista social, moral, ético e econômico; impactando, inclusive, na distribuição de renda dessas sociedades.
 
         Nós sabemos que a neurociência por ser uma área que olha para o nosso cérebro, é capaz de nos fornecerem informações únicas, não sendo diferente para a área da educação. Com isso, uma nova área da educação translacional conhecida como neuroeducação surgiu. Você já ouviu falar nela e quais benefícios ela traz? É sobre isso que falaremos nesse blog.
 
A neuroeducação é um campo de estudo que une conhecimentos da neurociência, psicologia e educação, onde através dessa união tenta entender processos cognitivos e emocionais que possam resultar em melhores métodos de ensinar e melhor aproveitamento da aprendizagem.
 
            Podemos então esperar dessa área a estima de integrar nossas funções (motoras, emocionais, sensações) e alinhar com as dificuldades de aprendizado (bloqueio de atenção, distúrbio de memória, dificuldade de raciocínio lógico). E como vimos no nosso blog sobre Lifelong Learning (L3), para um aprendizado efetivo é interessante o envolvimento de experiências sensório-motoras junto com a informação.
 
 
         Portanto, métodos não-invasivos como eletroencefalograma (EEG) e espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) conseguem avaliar regiões do cérebro importantes na avaliação das habilidades como leitura e aritmética.
 
E qual a implicação disso? Bom, durante o nosso desenvolvimento podemos elencar processos que foram atípicos no aprendizado, também caracterizar os limites da plasticidade das regiões envolvidas com as funções cognitivas.
 
Apesar das grandes perspectivas, o campo ainda enfrenta limitações como, por exemplo, comunicação interdisciplinar, explicação biológica do comportamento, gerenciamento das expectativas entre disciplinas e limitações metodológicas. Não podendo esquecer que deve haver um treinamento interdisciplinar para os educadores para que tenham compreensão básicas da neurociência e das técnicas que neuroimagem.
        
 
Imagine agora, que mais profissionais da área da educação tenham acesso a esse tipo de informação e ferramentas mais robustas. E que seja um processo que possa ocorrer desde de que somos crianças, ter profissionais que estejam preparados para identificar falhas no aprendizado e o porquê elas ocorrem, para se traçar uma estratégia de COMO intervir da melhor maneira e projetando ambientes de aprendizados adequados.


No nosso próximo blog sobre neuroeducação nos aprofundaremos como as técnicas de EEG, fMRI, eye trackyng, NIRS estão sendo usadas nesse campo.
 
 
 
Referências:
 
ANSARI, Daniel; DE SMEDT, Bert; GRABNER, Roland H. Neuroeducation–a critical overview of an emerging field. Neuroethics, v. 5, n. 2, p. 105-117, 2012.
 
NOURI, Ali. The basic principles of research in neuroeducation studies. International Journal of Cognitive Research in Science, Engineering and Education, v. 4, n. 1, p. 59, 2016.
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Autor:

Barbara Meneses

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