Video Games sempre foram alvo de muita atenção tanto do público mais novo quanto do público mais velho. Nos últimos anos, os videogames têm se tornado cada vez mais “sofisticados”, contando com novas tecnologias que tornam a experiência mais intensa e imersiva. Os avanços tecnológicos, além de tornarem os jogos cada vez mais complexos, também fazem com que mais pessoas tenham acessos aos games.

Além dos desktops e consoles, tablets e celulares são outras ferramentas que vem aumentando o número de gamers que se pode encontrar por aí.


Que os jogos têm se tornado uma forma cada vez mais comum de entretenimento parece que não nos restam dúvidas, mas quais serão que são seus efeitos sobre o cérebro?


Esse tipo de pergunta gera interesse nos mais variados ramos da sociedade, tendo sido abordado diversas vezes pelas mídias sociais. Em jornais, não é difícil encontrar manchetes com opiniões diversas, ora alertando sobre os riscos de jogar algum game com temática violenta e ora exaltando os benefícios de passar horas imerso em algum videogame.

Na busca por respostas mais concretas, o número de estudos relacionando jogos e neurociência tem aumentado significativamente. Nessa linha, um pesquisador chamado Marc Palaus e seus colaboradores analisaram cerca de 116  resultados de estudos científicos, 22 deles investigando mudanças estruturais no cérebro em decorrência dos jogos eletrônicos, e outros 100 que observaram mudanças funcionais e/ou comportamentais em decorrência da mesma atividade.

Esses estudos demonstram que jogar video games é capaz de alterar o funcionamento do cérebro e até mesmo a sua estrutura. Analisando os resultados desse vasto estudo, vamos enfatizar algumas “vantagens” que encontraram nos gamers


ATENÇÃO


Os resultados dos diferentes estudos analisados por Palaus e seus colaboradores demonstram que os jogadores de videogame apresentam um melhor desempenho atencional, principalmente quando envolve o cumprimento de tarefas e estabelecimento de metas. Os resultados também demonstram que os jogos de ação são os que melhor ajudam a aprimorar a capacidade de focar em uma tarefa específica, sendo que essa capacidade pode ser melhorada cada vez mais com a prática.

Essa capacidade de melhor alocação do foco atencional deve-se também à maior ativação de regiões específicas do cérebro, além de ser necessário um menor esforço para que esse foco atencional seja mantido.



CONTROLE COGNITIVO


Durante um jogo, o jogador pode se deparar com diversos desafios e, para superá-los, ter que mudar rapidamente de estratégia, além de ter que lidar com diversos estímulos ao mesmo tempo. Todas essas habilidades que são requeridas estão incluídas no que se chama de controle cognitivo, que está intimamente ligada com regiões específicas do cérebro.

As regiões prefrontais do cérebro são muito importantes para o tipo de resposta que os videogames exigem. Justamente nessas áreas foi observado um aumento do volume em decorrência do treino cognitivo através de videogames.


Bom… Como podem ver, esses são apenas alguns dos exemplos das "vantagens" e modificações oriundas do hábito de jogar videogames. Para saber um pouco mais e quais seriam os malefícios desse hábito, fiquem atentos às nossas próximas postagens sobre o tema!

Referências 

Palaus, M., Marron, E. M., Viejo-Sobera, R., & Redolar-Ripoll, D. (2017). Neural Basis of Video Gaming: A Systematic Review. Frontiers in Human Neuroscience, 11. doi:10.3389/fnhum.2017.00248




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Autor:

Ivânia Bruns

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