Com a imersão cada dia mais rápida dos dispositivos digitais na vida das pessoas, à escrita tradicional à mão vem sendo cada dia mais substituída! A grande questão é: isso têm implicações cerebrais? As pessoas memorizam da mesma forma escrevendo à mão ou de forma digital? Então, escrever à mão, digitar ou desenhar – você já parou pra pensar qual dessas estratégias é a mais eficiente para o aprendizado em sala de aula?



Com os dispositivos digitais a escrita e leitura tradicional têm sido cada vez mais substituída pela digital. Dessa forma, é imprescindível entender os efeitos de tal prática a longo prazo, especialmente no aprendizado! apesar de vários estudos apontarem os benefícios ao fazer anotações à mão em comparação com anotações em dispositivos digitais, ainda é tão claro o “porque” a tecnologia têm esse impacto negativo no desempenho dos estudantes.

Os efeitos dessas duas medidas são um tanto contraditórios. Pois, a quantidade de tempo gasto escrevendo à mão é reduzida à medida que as atividades de aprendizagem dependem cada vez mais de dispositivos digitais. Além disso, dispositivos como tabletes, celulares, laptops, etc. podem melhorar a capacidade do aluno de fazer anotações, mas, ao mesmo tempo pode impedir ou dificultar a aprendizagem de maneiras diferentes e desconhecidas. E, a maioria dos profissionais de educação RECONHEÇEM OS BENEFÍCIOS E A IMPORTÂNCIA DA ANOTAÇÃO À MÃO!

Aqueles que defendem o uso dos computadores na sala de aula enfatizam os benefícios de as crianças serem capazes de produzir textos grandes mais rápido e receber feedback imediato sobre seus. De outro modo, os críticos dos recursos digitais em sala de aula destacam que o uso do computador tem um impacto negativo nas notas, no desempenho em sala de aula, além de ser um mecanismo distrator.

A fim de confirmar essas evidencias, neurocientistas têm se preocupado cada vez mais em estudar os mecanismos neurais envolvidos na escrita e seu impacto na aprendizagem. Em um estudo recente com eletroencefalografia (EEG) foi descoberto que escrever e desenhar à mão ativa redes maiores no cérebro em comparação com a escrita digital, e concluíram que o envolvimento de movimentos finos da mão na anotação, em oposição a simplesmente pressionar uma tecla no teclado pode ser mais benéfico para o aprendizado.

Além disso, esses estudos descobriram uma atividade dessincronizada dentro da banda alfa nas áreas parietal e occipital do cérebro, sugerindo que essa atividade é benéfica para o aprendizado, especialmente porque a atividade mostrou ocorrer em estruturas bastante profundas do cérebro como o sistema límbico e o hipocampo por exemplo. Sendo assim, tanto a caligrafia quanto o desenho são tarefas complexas que exigem a integração de várias habilidades.


Dessa forma, é perceptível que devido aos benefícios da integração sensório-motora, o maior envolvimento dos sentidos e dos movimentos manuais finos e controlados ao escrever à mão o aprendizado facilitado e é importante manter essa prática em um ambiente de aprendizagem para facilitar e otimizar o aprendizado. Mas em menor grau. Sugerimos que as crianças, desde cedo, sejam expostas a atividades de escrita e desenho na escola para estabelecer os padrões de oscilação neuronal benéficos para o aprendizado.


Referências

BEZINE, Hala. Authoring mobile tool for improving cursive handwriting learning/writing skills. International Journal of Learning Technology, v. 15, n. 2, p. 150-179, 2020.

OSE ASKVIK, Eva; VAN DER WEEL, F. R.; VAN DER MEER, Audrey LH. The Importance of Cursive Handwriting Over Typewriting for Learning in the Classroom: A High-Density EEG Study of 12-Year-Old Children and Young Adults. Frontiers in Psychology, v. 11, p. 1810, 2020.

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Autor: Livia Nascimento Rabelo
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