Beatriz Frota
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Cannabis e o olho

 
 
A cannabis está entre as drogas psicotrópicas mais usadas em todo o mundo. No contexto do movimento global em direção a uma legalização mais ampla, há uma necessidade crescente de desenvolver uma melhor compreensão dos efeitos fisiológicos e patológicos. Neste blog vamos ter uma visão geral das evidências atuais sobre os efeitos dos canabinóides nos olhos. 





Cannabis ou maconha é consumida por mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo e está entre as drogas psicotrópicas mais comumente usadas. Nos últimos anos, houve um aumento substancial no consumo global de cannabis, impulsionado em parte pela descriminalização e legalização em vários das jurisdições. Além do uso recreativo, a cannabis também é uma das drogas mais antigas usadas para fins médicos e terapêuticos.
 
Recentemente, tem havido um crescente corpo de literatura investigando os impactos oftálmicos dos canabinóides desde a potencial pressão intraocular efeitos redutores foram relatados pela primeira vez na década de 1970. Além disso, vários estudos também exploraram os efeitos da cannabis na retina, córnea e motilidade ocular.
 
Assim, dos canabinóides identificados, o Δ9-tetra-hidrocanabinol é reconhecido como o composto psicotrópico primário e o canabidiol é o ingrediente não psicoativo predominante. Apesar de demonstrar atividade hipotensora e neuroprotetora ocular, o uso de canabinóides como tratamento para o glaucoma é limitado por um grande número de potenciais efeitos colaterais sistêmicos e oftálmicos. 
 
Os efeitos dos canabinóides são complexos, com evidências preliminares mostrando diminuição da densidade endotelial da córnea em usuários crônicos de canabinóides. Experimentos em roedores, no entanto, mostraram potencial promissor para o tratamento de lesão da superfície ocular por meio de efeitos antinociceptivos e antiinflamatórios. 
 
Estudos de eletrorretinografia que demonstram efeitos adversos na função fotorreceptora, bipolar e das células ganglionares sugerem ligações entre a cannabis e a disfunção neurorretiniana. As associações neuro-oftálmicas incluem déficits de motilidade ocular e decréscimos na busca suave e movimentos oculares sacádicos, embora potenciais efeitos terapêuticos para nistagmo congênito e adquirido tenham sido observados.
 
Em resumo há uma necessidade de saúde pública para desenvolver uma maior compreensão dos efeitos fisiológicos e patológicos da cannabis devido ao movimento crescente em direção à sua descriminalização em todo o mundo. Portanto, estudos com Eye tracking podem nos permitir obtenção de mais achados sobre o efeito da cannabis, no olho, com variações de tarefas e estímulos.


Referências
 
FRAGUAS-SÁNCHEZ, Ana Isabel; TORRES-SUÁREZ, Ana Isabel. Medical use of cannabinoids. Drugs, v. 78, n. 16, p. 1665-1703, 2018.
 
WANG, Michael TM; DANESH-MEYER, Helen V. Cannabinoids and the eye. Survey of Ophthalmology, 2020.


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Jackson Cionek

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